A
morte da criança ocorreu dia 16 de maio, quatro meses depois de Éder ter levado
o filho para morar com ele. No depoimento, o ajudante de pedreiro não conta
detalhes de como teria acontecido a suposta sessão do tribunal do tráfico nem
dá o nome de quem a convocou. No entanto, diz que foi escolhido pelo traficante
para ficar com o menino, por conta de ser o pai biológico da criança, já que a
mãe de Thainan morava com outro homem.
Corpo
no armário
Ele
também afirmou na Divisão de Homicídios que a decisão não lhe agradou, uma vez
que não queria ficar definitivamente com o filho — somente nos fins de semana.
A
promotora Cláudia Portocarrero, que denunciou Éder Moraes por crime de
homicídio, considerou grave a revelação feita pelo pai da criança.
—
Isso está num depoimento constituído nos autos, ainda não sabemos se ocorreu.
Mas os autos apontam para esse fato, o que já é grave — disse a promotora.
Éder
é acusado de matar o filho com socos no peito e na cabeça. O crime ocorreu na
casa do ajudante de pedreiro, quando os dois estavam sozinhos na residência.
Para a polícia, Éder alegou ter perdido a cabeça, depois que o menino começou a
chorar.
Após
o crime, Éder enrolou o corpo da criança num lençol e o guardou num armário. Em
seguida, foi até a 54ª DP (Belford Roxo), onde registrou uma queixa, dizendo
que o filho havia sido sequestrado por traficantes do Castelar, em Belford
Roxo. A farsa, porém, veio à tona depois que parentes da mãe do menino
encontraram o corpo da criança.
Família
nega versão
Parentes
da mãe do bebê negaram a versão de que Thainan tenha sido entregue ao pai pelo
tráfico.
—
É mentira. Nós queríamos que o Thainan ficasse conosco. Pedimos que ele pagasse
uma pensão, mas o Éder não concordou e levou a criança — disse um parente.
Para
a promotora Cláudia Portocarrero, não há dúvida de que o ajudante de pedreiro
matou o próprio filho. Éder está com a prisão preventiva decretada pela
Justiça. Ele está na Cadeia Pública Cotrim Neto, em Japeri.
Fonte: Extra Globo.com
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