O
ex-chefe da Casa Civil não compareceu ao trabalho na quarta-feira. Na terça,
foi beneficiado com a progressão para o regime aberto
José
Dirceu deixa a VEP (Vara de execuções penais) acompanhado de sua advogada e de
um militante do PT (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Um
dia depois de receber autorização judicial para cumprir pena em casa, o
ex-ministro da Casa Civil e condenado no escândalo do mensalão, José Dirceu,
não compareceu para trabalhar na quarta-feira no escritório do advogado José
Gerardo Grossi, onde dá expediente desde o início de julho, quando obteve
direito ao trabalho externo. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo
nesta quinta-feira.
De
acordo com as regras do regime aberto, sistema que permite ao apenado cumprir
pena em casa, o mensaleiro terá 90 dias para “comprovar que exerce trabalho
honesto” ou “justificar suas atividades”.
De
acordo com o jornal, a falta ao trabalho, porém, não foi justificada. O patrão de
Dirceu, no entanto, não vê problema e afirmou que “uma eventual mudança de
horário” não seria prejudicial. Para Grossi, o importante é que o trabalho seja
feito de forma adequada.
O
mensaleiro recebe 2.100 reais mensais para organizar a biblioteca do escritório
de advocacia. Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa,
Dirceu passou menos de um ano encarcerado na penitenciária da Papuda, em
Brasília. Agora, com o benefício do regime aberto, terá que cumprir horários
fixos, como trabalhar das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. A obrigação do ex-ministro é estar em casa a
noite, entre 22h e 5h da manhã do dia seguinte e permanecer recluso em tempo
integral aos sábados, domingos e feriados. O ex-ministro só poderá deixar
Brasília com autorização da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas.
Dirceu
recebeu autorização para o regime domiciliar porque, com a soma dos 142 dias
subtraídos da pena por ter trabalhado e estudado, completou um sexto de
condenação na cadeia, como prevê a lei.
Fonte:
Veja
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