Um operador político de
Dilma Rousseff revelou em conversas privadas que o governo considera a sério a
hipótese de estruturar um 'Plano B' para disputar a presidência do Senado.
Avalia-se no Planalto que as delações da Operação Lava Jato inviabilizarão a
pretensão de Renan Calheiros de ser reconduzido ao posto em fevereiro de 2015.
Diferentemente do que sucede
na Câmara, onde Eduardo Cunha cabala votos à luz do sol, Renan hesita em
deflagrar o processo no Senado. Político à moda antiga, o cacique do PMDB
alagoano não tem o hábito de declarar o seu desejo de poder. Prefere difundir a
lorota segundo a qual o cargo é um calvário que não se postula. E fica
esperando ser “convocado” pelos correligionários.
O Planalto receia que, dessa
vez, a estratégia não funcione. Trabalha-se com a perspectiva de que, quando
puderem soar em público a plenos pulmões, as vozes da delação do caso Petrobras
proporcionarão a Renan bem mais do que meros constrangimentos. Quem colocar no
lugar?, eis a pergunta que a turma de Dilma tenta responder. Busca-se uma
alternativa do próprio PMDB. Além de um nome, falta ao governo o essencial:
avisar ao Renan.
Fonte: Blog do Josias (uol)
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