Segunda-feira,
6:30h da manhã, o despertador toca, mas você não tem coragem de sair da cama,
pois sente cólicas menstruais terríveis e tem a impressão de que a qualquer
momento algo vai sair do seu útero por
causa das contrações. A cabeça dói, o abdômen fica inchado e o remédio demora a
fazer efeito. O problema afeta cerca de 80% das mulheres em algum momento da
vida, segundo dados de uma pesquisa feita por um laboratório farmacêutico.
A
primeira dica é investigar a causa da cólica, pois a dor pode ser sinal de algo
mais sério como má formações uterinas,
endometriose, miomas, entre outras. Se após exames preventivos o
ginecologista chegar à conclusão de que é uma dismonorreia essencial, ou seja,
a cólica está relacionada aos eventos que antecedem a menstruação e não há
interferência de outras enfermidades, o mais recomendado é utilizar
medicamentos específicos para a dor. A ginecologista Marta Curado sugere que três dias antes de
ficar menstruada, a mulher tome, a cada 8 ou 12 horas (dependendo da orientação
do médico), anti-inflamatórios não hormonais que vão impedir que o útero se
contraia.
”A
ideia é evitar que os sintomas apareçam. Os antiinflamatórios vão inibir a ação
da prostaglandina, que causa as contrações. Na verdade, o útero se contrai para
expulsar o endométrio (revestimento interno do útero), em forma de sangramento,
quando o óvulo não foi fecundado”, explica Curado.
Em
relação aos inchaços, o ginecologista Donizetti Ramos dos Santos explica que a
partir da ovulação, o ovário passa a produzir mais progesterona, hormônio que
retém mais sódio e água. “Por isso a mulher se sente inchada e até as mamas
ficam mais sensíveis. Pode haver também alterações em vasos sanguíneos e artérias,
que podem causar vasodilatação, responsável pela dor de cabeça que faz parte da
TPM (Tensão Pré-Menstrual).”
Dispositivos
Para
evitar as cólicas, a pílula anticoncepcional também pode ser uma arma poderosa,
além de ser um método eficaz de contracepção. Alguns medicamentos permitem que
a mulher fique totalmente sem menstruar. Mas, para algumas, os efeitos
colaterais como dor de cabeça, náuseas e inchaço são bastante recorrentes.
Na
opinião do médico, o DIU (dispositivo intrauterino ) de progesterona é uma das
melhores ferramentas da medicina para acabar com esse problema específico da
mulher. “Em um procedimento rápido, o dispositivo é inserido pelo ginecologista
no útero da mulher. A progesterona é liberada diariamente durante um período de
cinco anos. A maioria das mulheres para de menstruar e todos os sintomas da TPM
vão embora. Se ela quiser engravidar, basta pedir para o ginecologista retirar
o DIU e a menstruação volta normalmente. O dispositivo não atrapalha nada, nem
as relações sexuais”, explica.
Fonte:
Site Médico
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